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Liderança humanizada não é passar a mão na cabeça, é valorizar e respeitar

O objetivo do trabalho desenvolvido por todos os setores de uma empresa é a entrega de um produto ou serviço que satisfaça, ou supere, as expectativas do consumidor/cliente. Para isso acontecer, são elaborados cronogramas, desenvolvidos softwares e atualizados os equipamentos.

Não há nada de errado em ter foco no resultado, aliás é isso o que diferencia as empresas bem-sucedidas das que “patinam” ou morrem. Acontece que existem caminhos e caminhos para se chegar à excelência e à lucratividade. E, em qualquer percurso, existem pessoas, sem as quais os computadores e maquinários de nada serviriam.

Um estudo realizado por uma equipe de mestrandos da USP de São Carlos, em parceria com o Instituto Capitalismo Consciente, aponta que as empresas que colocam em prática projetos de bem-estar social contam com funcionários mais engajados e clientes fiéis, o que pode gerar duas vezes mais rentabilidade. O dado preocupante é que, das 1.115 organizações mapeadas, apenas 22 têm este viés humanizado, o que corresponde a aproximadamente 2% do total.

Um ator-chave que indica a direção da rota a ser seguida é o líder. Entre as formas de se exercer a liderança, uma se destaca: é a liderança humanizada, que valoriza e, acima de tudo, respeita as pessoas e suas diferenças.

A liderança humanizada não é a que “passa a mão na cabeça” e deixa as coisas “correrem soltas”, mas, sim, aquela que motiva, envolve e transforma. Eu mesma já vivenciei situações em que a troca do modelo de liderança fez revoluções no ambiente de trabalho. O que antes era penoso, tenso e intimidador se tornou prazeroso, leve e motivador, e isso contando com os mesmos colaboradores e a mesma estrutura. 

Se pararmos para pensar, chegaremos à conclusão de que liderar levando em conta as particularidades do colaborador é a melhor escolha, afinal, os liderados não são produzidos em série, com uma forma padrão e, sim, feitos à mão, com suas peculiares qualidades e imperfeições.

Cabe ao líder saber identificar talentos, fazendo das diferenças um propulsor das características positivas de cada colaborador que, somadas, resultarão em uma equipe de alta performance.

E, ainda, a liderança humanizada não deve ser confundida com benevolência. Seu exercício é um sinal de inteligência por parte dos líderes, visto que colaboradores satisfeitos produzem mais e geram mais lucro para a empresa. E mais, a taxa de absenteísmo tende a cair consideravelmente, o que também contribui para o aumento da produtividade e diminuição dos gastos com saúde.

Além de líder, o gestor com foco nas pessoas é visto como uma referência dentro da empresa, notadamente pelo fato de que sua liderança não está concentrada no resultado fim, mas também nos meios pelos quais o resultado será alcançado. Por isso que o respeito e a admiração conquistados são genuínos e sua palavra é sempre considerada.

Afinal, liderança é algo que acontece naturalmente. Mesmo que possa haver um trabalho para o desenvolvimento desta característica, ninguém consegue impor liderança à força. Há muitos casos em que o chefe, por mais que isso o deixe contrariado, não consegue ser enxergado como um líder. Empatia, autoridade e respeito não são itens colocados à disposição do líder para serem utilizados em determinadas ocasiões, mas que devem ser exercidos verdadeiramente, em todos os momentos.

A liderança humanizada gera colaboradores mais satisfeitos e felizes, provocando um “efeito cascata” dentro da organização e culminando em resultados surpreendentes. É isto o que diferencia o líder humanizado dos demais e faz com que sua presença seja considerada imprescindível dentro de uma organização.

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