Como é evidente, depois dos pais, o professor é a maior referência no desenvolvimento das pessoas, desde a infância até a vida adulta e, por isso, o poder de influência de um professor pode alterar o rumo da vida não só de um aluno, mas também de toda uma turma, uma escola, até uma comunidade.
E, especificamente quanto ao aprendizado, estudos demonstram que o professor, depois do perfil socioeconômico do aluno, é o fator mais relevante, tanto que os efeitos da má qualidade de um professor podem ser mensurados até dois anos mais tarde, independentemente da qualidade dos outros professores.
O professor precisa mergulhar numa eterna viagem ao autoconhecimento, descobrindo e desenvolvendo as suas próprias potencialidades, conquistando e consolidando o seu espaço na vida da comunidade escolar, que abrange não só o espaço ocupado pelas dependências físicas das escolas, mas também as relações com a população local e, principalmente, com as famílias dos seus alunos, sejam eles objetos de inclusão ou não.
A real compreensão e a profunda interação do professor com a comunidade escolar são atitudes fundamentais para a descoberta das potencialidades dos seus alunos, pois passa a ver cada aluno, suas particularidades e suas múltiplas inteligências, no contexto da comunidade escolar.
É importante conhecer quem é o aluno, de onde ele vem, o que lhe falta e o que lhe sobra, pois quando falta comida, sobra desinteresse, quando falta amor, sobra desrespeito e quando falta educação, sobra ignorância.
Se para ensinar o aluno é fundamental que o professor tenha conhecimento sobre o assunto, qualidade melhor terá o ensino quando o aluno for realmente conhecido pelo professor, pois ninguém pode desenvolver o que não sabe naquele que não conhece.